Ago 2011: Parte 1 - Pelo deserto de Gobi


Depois de deixarmos Ulan-Bator seguimos para sul para o deserto de Gobi. É um lugar fabuloso com paisagens singulares. Subimos a pé a uma duna gigante para ver o nascer do sol, num cenário de contrastes entre o dourado das areias e o verde da erva na base da duna.

Caminhámos por um vale de montanha onde conseguimos ver a esquiva ovelha Argali, várias espécies de águias e falcões. Passeámos junto às gigantescas manadas de camelos que parecem viver à deriva e subimos ao seu dorso para um passeio matinal.

Andamos pela montanha conhecida como a stupa branca e vimos de perto o fenómeno geológico das chaminés de fada. Fizemos um almoço picnic num anfiteatro natural impressionante - Bayanzag, lugar imenso de terra vermelha onde já foram encontrados muitos ovos e ossadas de dinossauros.

Dormimos e deambulámos pelas ruas da mais emblemática cidade do deserto de Gobi: Dalandzadgad, onde não havia uma única bebida fresca, pois houve um corte de electricidade de vários dias. E ainda visitámos as ruínas de um templo budista que, apesar de escondido numa montanha do deserto, não escapou à destruição dos ataques soviéticos dos anos 30.

À noite fomos albergados por várias famílias nómadas à medida que nos íamos deslocando por aquele que é conhecido como o deserto mais frio do mundo. Lá fora os milhões de estrelas transformavam o céu num espectáculo incrível.

E de dia os céus não são menos espectaculares, com o seu azul-forte, bem característico do deserto de Gobi, polvilhado por perfeitas nuvens brancas, que se sobrepõem continuamente. É mesmo preciso vê-lo ao vivo para compreender estas palavras.

  
 
 
 
 


Pedro Gonçalves

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